domingo, 11 de julho de 2010

Experiência de minha prima: "habilitação"

Definitivamente, aquele foi o dia em que o primeiro seria... realmente o primeiro. Tensão, seria uma palavra muito forte para definir o que sentia antes do cumprimento daquele exame, mas a expectativa era grande e no mesmo dia algumas coisas começavam a ficar a meu favor. Primeiro, veio aquela mãozinha no ombro que te faz ficar mais tanquilo. Havia cerca de um mês que não pegava no carro da auto-escola, eu sei que essas coisas não se desaprendem porém te deixam um pouco inseguro e tudo o que mais queria naquele bendito sábado era dar umas voltinhas naquele uno. Eis que surge a mãozinha: como todas as coisas boas da vida que surgem derrepente. Meu instrutor (em plena greve) coloca eu e mais um garoto no bendito Uno e nos leva pra tomar uma bela dose de revisão, um passeio rápido no carro com direito a balisa, estacionamento e retorno. Meu moral subia, pois não tive dificuldades em executá-las. Depois, mensagens celestiais acalmavam meu espiríto para cumprir aquilo que parecia ser cada vez mais certo: não sei ao certo que fenômeno foi aquele e posso estar me exaltando um pouco, mas posso garantir que por duas vezes cheguei a ver a palavra "relaxa" em inscrições que deviam ter outras coisas. Antes de entrar no espaço para realizar o exame, meu instrutor confirma que eu seria o primeiro da lista. Desde então este número não saía da minha cabeça: ele mesmo, o um. O primeiro da lista, o primeiro a fazer o exame, o primeiro a enfretar os examinadores e a primeira e única pergunta: seria também o primeiro a sair de lá com a aprovação? Ao ligar o carro todas as lendas que estavam em minha cabeça a respeito dos examinadores não podiam mais serem ouvidas, só ouvia o barulho silencioso daquele motor 1.0 . A paisagem acalmava ainda mais, a pista era larga e a sinalização bem vistosa, o ambiente além de muito arborizado chegava a ser lindo. Ao passar pelo retorno tive de enfrentar a ladeira, que assusta mais não morde. Fiz o restante do percusso normalmete até chegar a balisa. Estava com um certo receio desta pois já havia esgotado meus créditos de batida nas latarias dos carros da auto-escola, o que ajudou muito pois sabia aquilo que não deveria esquecer (se é que isso pode existir: o fato de você lembrar daquilo que você não deve esquecer). Acabou sendo muito tranquilo. Só me restava o estacionamento e tinha 90% da minha carteira em mãos. E foi exatamente nesta bendita hora em que o primeiro realmente foi o primeiro a ser aprovado.

PS:  Lembre-se de esquecer os versos a seguir, caso vá fazer a prova:

DETRAN

Do
Estanque que
Tu der
Reprovação 
Atingirá!
Novato....

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